A Semana Mundial do Brincar acontece de 23 a 31 de maio.
Garantido pela Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Nº 8.069, de 1990) e pelo Marco Legal da Primeira Infância (Lei Nº 13.257, de 2016), o brincar deve ser amplamente valorizado na educação infantil. Por meio do brincar, a criança descobre, inventa, toma iniciativas, convive, faz tentativas e se frustra, tenta de novo…
O brincar é a linguagem central e inerente à infância. Não existe uma criança que não saiba brincar, isso faz parte do desenvolvimento dela. É o momento em que ela expressa sua subjetividade, cria hipóteses, aprende a negociar, e exercita a capacidade criativa. “O ato de brincar representa o gesto primordial de exploração do mundo e do conhecimento do outro”, diz a pedagoga Ana Claudia de Arruda Leite.
Em um mundo estruturado por convenções e valores sociais, cada vez mais dominado pela tecnologia, o espaço para a brincadeira se mostra ainda mais importante para reconhecer o potencial transformador em cada um de nós.
Neste tempo de crise, de uma pandemia inesperada, o mundo sofreu uma reviravolta. Ameaçados por um vírus invisível a olho nu, a economia se desestruturou, e a sociedade está vivendo um verdadeiro caos na área da saúde. Permanecer em casa tornou-se um imperativo de saúde não aumentar de forma descontrolada a contaminação. Percebemos que muitos cuidadores não sabem o que fazer e as crianças não têm com quem brincar. Será que, nesse momento de tanta angústia e reflexão, não seria importante resgatar com as crianças o tempo e o valor do vínculo possibilitado pelo brincar? Afinal, é um direito que as crianças estão perdendo, por conta de tantas atividades que lhes são atribuídas. Agora, em casa, as relações ficaram mais próximas, criando grande oportunidade de brincar com elas.
Vamos aproveitar esse momento para brincar juntos e nos reconectar com as nossa criança interior e melhorar a qualidade do nosso vínculo com as crianças que estão sob nossos cuidados?